Nas últimas décadas, a poluição plástica tornou-se um desafio ambiental global, levando a danos irreparáveis ao meio ambiente e à saúde humana. No Brasil, a situação não é diferente, com mais de 8 milhões de toneladas de plásticos achatando anualmente nos oceanos. Para combater essa ameaça, a Rede Oceano Limpo, uma entidade que reúne diferentes setores e parceiros, tem sido fundamental na construção da Estratégia Nacional Oceano Sem Plástico.
A gerente da Rede Oceano Limpo, Jemilli Viaggi, é uma jovem liderança que está em sintonia com o tema escolhido pela ONU para as comemorações do 5 de junho: #AcabarComAPoluiçãoPlástica. Ela é também secretária executiva da Liga das Mulheres pelos Oceanos, um coletivo que reúne mais de 2.500 mulheres de diferentes perfis, trabalhando juntas na defesa dos ecossistemas marinhos.
Em entrevista ao Viva Maria, Jemilli destaca que existem tecnologias para lidar com os microplásticos e macroplásticos, algumas das quais estão em fase de desenvolvimento e testes. No entanto, ela alerta que o que falta no Brasil é direcionamento, principalmente financeiro e humano, para o avanço e implementação dessas tecnologias.
Além disso, Jemilli destaca progressos na legislação brasileira, como a Lei do Mar, recentemente aprovada no Senado, que institui a Política Nacional para a Gestão Integrada, a Conservação e o Uso Sustentável do Sistema Costeiro-Marinho. Outro projeto relevante em tramitação é o PL 2524, também chamado de “Pare de Cinismo de Plástico”, que propõe a redução gradual do uso de plásticos descartáveis e incentiva modelos de produção e consumo mais sustentáveis.
A entrevista com Jemilli Viaggi é um importante alerta sobre a necessidade de ação urgente para combater a poluição plástica e proteger o meio ambiente. É hora de agir, e a Rede Oceano Limpo está liderando a luta pela construção de um oceano mais limpo e saudável.