Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal, autorizou a realização de uma cirurgia no ex-presidente Jair Bolsonaro na quinta-feira (25). Para isso, Bolsonaro será internado na quarta-feira (24) no hospital DF Star, em Brasília, e ficará acompanhado pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que alternará com os filhos Carlos e Flávio. A cirurgia visa corrigir duas hérnias na virilha e tratar os soluços que o ex-presidente apresenta com intensidade, chegando a 40 por minuto, de acordo com laudo da Polícia Federal.
Antes de solicitar a cirurgia, Bolsonaro havia cancelado uma entrevista com o portal Metrópoles por motivos de saúde. É a primeira vez que ele deixará a Superintendência da Polícia Federal em Brasília desde que foi preso, cumprindo pena de 27 anos e três meses de prisão. O ministro Moraes deu orientações para que a Polícia Federal agisse de forma discreta e retirasse Bolsonaro da viatura apenas na garagem do hospital, a fim de evitar exposição à imprensa. Além disso, a porta do quarto em que o ex-presidente ficará internado terá ao menos dois policiais de plantão, e o uso de computadores e celulares no local está proibido, sendo fiscalizado pela PF.
A Defesa de Bolsonaro havia pedido a internação e cirurgia do ex-presidente no Natal, e Moraes já havia autorizado a realização da cirurgia após laudo pericial da Polícia Federal identificar as hérnias inguinais. Apenas faltava a Defesa informar as datas do procedimento, o que foi feito na terça-feira (23). Com isso, a Procuradoria-Geral da República, representada por Paulo Gonet, manifestou-se favoravelmente ao pedido, não apresentando objeções à condução de Bolsonaro ao hospital ou à presença dos acompanhantes indicados pela Defesa.
