Alunos do CENE criam página nas redes sociais para divulgar brigas

Patrulhamento da PM e GCM é reforçado em escola após página com quase 300 seguidores agendar e divulgar vídeos de confrontos, gerando preocupação na comunidade

Uma página criada por estudantes em uma rede social se tornou alvo de uma operação da Polícia Militar e da Guarda Civil Municipal (GCM) de Paraguaçu Paulista por incitar a violência. O perfil, que convidava a agendar e filmar brigas entre alunos, preocupou as autoridades, que reforçaram o patrulhamento na região da Escola Estadual Figueiredo da Silveira (Cene) para prevenir incidentes e evitar que a prática se espalhe para outras escolas.

O perfil em questão, identificado como @brigas_ceneppta no Instagram, vinha ganhando notoriedade na cidade, com quase 300 seguidores. A biografia da conta continha uma mensagem clara de incitação à violência: “Manda o nome de vocês, se você quiser briga, é o nome de fulano que vamos agendar. Aceitamos vídeos e fofocas, boatos e tudo, um beijo”. Além de convidar a marcar os confrontos, a página já havia publicado quatro gravações de lutas entre estudantes, que segundo relatos, aconteciam com frequência ao final dos períodos de aula.

Diante do risco de que a prática se tornasse mais grave e influenciasse outros jovens, as autoridades de Paraguaçu Paulista agiram prontamente. Em entrevista à TV TEM, o subtenente da Polícia Militar, João Alex Nogueira, confirmou que o patrulhamento na região da escola foi intensificado através da Ronda Escolar e da Atividade Delegada, visando prevenir novos atos de violência. Ele expressou o receio de que “outras crianças, outros jovens, sejam influenciados e isso possa se tornar uma problemática em outras escolas”.

O comandante da Guarda Civil Municipal, Alan Maurílio de Moraes, reforçou o pedido de união entre as forças de segurança. Ele informou que a GCM atuará em conjunto com a Polícia Militar e o Conselho Tutelar e fez um apelo para que pais, responsáveis e alunos denunciem a conta em massa para que ela seja derrubada. A mobilização surtiu efeito, e até a última atualização da reportagem, a página já estava inativa.

Em nota, a Secretaria Estadual da Educação de São Paulo repudiou a agressão e informou que atua para coibir comportamentos violentos, destacando que conta com psicólogos e vigilantes desarmados nas unidades estaduais para reforçar a segurança e o apoio emocional aos estudantes.

A ação conjunta das autoridades e a mobilização da comunidade para desativar o perfil que promovia a violência são vitais para a segurança dos jovens de Paraguaçu Paulista. Este episódio é um lembrete crucial do papel de pais, escolas e do poder público em monitorar o ambiente digital e proteger os estudantes contra o incentivo a comportamentos de risco, garantindo a paz dentro e fora das escolas.

Fonte
G1Trassos AssessoriaO Periquito
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