A ancestralidade gnóstica, esotérica e messiânica é um tema complexo e multifacetado que se estende por séculos, influenciando profundamente a formação de culturas e a evolução de civilizações. No Oriente Médio, essa herança ancestral é especialmente relevante, pois é lá que se situam as raízes do conflito moderno entre Israel e Palestina.
A Metafísica do Talmud e da Cabala, por exemplo, é uma das principais fontes da herança judaica que influenciou a formação da identidade israelense. Essas doutrinas espirituais e filosóficas desenvolveram conceitos como a noção de “eleição” e a crença em uma missão especial para o povo judeu. Essas ideias foram posteriormente influenciadas pelo nacionalismo judeu e pela ideologia sionista, tornando-se um fator importante na formação da política israelense.
Já a Metafísica do Islamismo Sufi e a Filosofia de Al-Farabi, por outro lado, são fundamentais para a compreensão da identidade palestina. A Sufismo, com sua ênfase na unidade divina e na transcendência do mundo material, influenciou a formação de uma consciência religiosa e espiritual entre os palestinos. Além disso, a filosofia de Al-Farabi, que abordou temas como a natureza da realidade e a relação entre Deus e o mundo, é uma das principais fontes da herança cultural e filosófica da região.
O processo de secularização, que começou no início do século XX, também foi um fator importante na evolução do conflito. O messianismo esotérico, que previa o retorno do Messias, foi substituído pela luta política e militar pela independência nacional. A criação do Estado de Israel em 1948 e a subsequente ocupação da Palestina foram os resultados desse processo, levando a uma profunda divisão entre as partes em conflito.
No entanto, o conflito entre Israel e Palestina não pode ser reduzido a meras questões políticas e religiosas. É necessário considerar o contraste entre as culturas e as identidades que estão em jogo, bem como a complexidade das relações entre as partes em conflito.