Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro de Israel, afirmou em coletiva de imprensa, nesta quinta-feira (7), que o país não irá anexar a Faixa de Gaza. Netanyahu revelou que um órgão governamental, sem especificar detalhes, assumirá o controle temporário do território palestino. Estas declarações foram feitas horas antes da reunião do gabinete de segurança para discutir o assunto.
Em entrevista a jornalistas indianos, após um encontro com o embaixador da Índia em Israel, J.P. Singh, em Jerusalém, Netanyahu reiterou que os objetivos principais da ofensiva na Faixa de Gaza persistem: a destruição completa do Hamas e o retorno de todos os reféns. O grupo terrorista palestino e seus aliados ainda detêm 50 reféns, dos quais, segundo Israel, apenas cerca de 20 continuam vivos.
Netanyahu convocou o gabinete de segurança para este dia, reunindo ministros de governo e parte da cúpula militar, para deliberar sobre a possibilidade de uma ocupação total da devastada Faixa de Gaza.
Segundo principais veículos de comunicação israelenses, Netanyahu pretende propor ao gabinete de segurança a ampliação da ofensiva, incluindo áreas onde se acredita que os reféns estão abrigados, e a ocupação total do enclave palestino.
Apesar da resistência proveniente das Forças de Defesa de Israel (FDI), as tropas já estariam preparando um plano de múltiplas fases. Na primeira fase, a Cidade de Gaza seria ocupada, forçando o deslocamento do milhão de palestinos que residem na cidade para a zona de Al Mawasi.
Em uma segunda fase, Israel buscaria assumir o controle dos campos de refugiados no centro da Faixa, locais onde as incursões das tropas têm sido limitadas, considerando que esses pontos abrigam reféns vivos.