Potencial de 320 mil desempregados caso EUA mantenha tarifas em produtos brasileiros

O estudo realizado pelo BNDES revela que o tarifas sobre produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos podem resultar em um desemprego de mais de 300 mil postos de trabalho no país. Apesar dessa cifra significativa, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, considera que, em um mercado com 48 milhões de empregos, esse cenário não representaria um desastre total.

“Um estudo do BNDES estima que, em um cenário desfavorável, o impacto seria de 320 mil desempregos. Considerando que o mercado de trabalho brasileiro possui 48 milhões de empregos, podemos afirmar que não seria um desastre total”, pontuou o ministro. Ele ressaltou que diferentes setores serão afetados de maneiras distintas: alguns fortemente, outros levemente e alguns, que se concentram em mercados alternativos, não serão impactados.

Essa declaração foi feita durante o programa “Bom Dia Ministro”, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), onde Marinho conversou com jornalistas de diferentes rádios do país. O ministro destacou a Medida Provisória Brasil Soberano, assinada pelo Presidente Lula há cerca de uma semana, como uma ferramenta para minimizar os impactos do tarifas.

Marinho explicou que o plano possui diversas estratégias para proteger os empregos, caso haja uma redução na produção. “Estamos trabalhando para evitar, e em caso de necessidade, amenizar o impacto no mercado de trabalho brasileiro. Através dos acordos coletivos e convenções coletivas, é possível postergar o pagamento do Fundo de Garantia, da Previdência, ou, em casos mais graves, recorrer à Lei do Layoff, à redução de jornada, a compensações, férias coletivas… Existe uma série de mecanismos que os acordos coletivos podem utilizar temporariamente durante essa transição, até que um novo comprador seja encontrado”, afirmou.

O governo brasileiro, segundo Marinho, permanece aberto à negociação com o governo americano. O ministro também expressou a esperança de que a alta de preços nos Estados Unidos sensibilize o presidente Donald Trump para que haja uma discussão sobre o assunto.

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