Bolsonaro, Golpe e Anistia: Brasil em Ebulição

A movimentação política no Brasil se intensifica em meio ao julgamento do ex-presidente Bolsonaro e sete outros envolvidos em uma trama golpista. Enquanto o Supremo Tribunal Federal (STF) analisa o caso, a oposição no Congresso articula a aprovação de um projeto controverso: a anistia.

A proposta visa perdoar todos os envolvidos na tentativa de golpe, abrangendo não apenas os participantes, mas também os financiadores, incentivadores e organizadores. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, demonstrou interesse na questão em conversas com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta. Motta, porém, afirmou que a decisão ainda não é definitiva e que é preciso discutir o tema com diversos partidos e líderes. A base aliada do governo se posicionou contra a anistia, considerando-a uma afronta ao STF e recusando-se a votar a proposta.

No Senado, o presidente da Casa, Davi Alcolumbre, declarou sua oposição à anistia e anunciou a apresentação de uma proposta alternativa: a redução de pena para os envolvidos. A questão promete gerar debates acalorados nos próximos dias, durante reuniões de líderes e discussões nas bancadas.

Paralelamente, o Congresso se prepara para iniciar a semana com a reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) do INSS. Carlos Luppi, ex-ministro da Previdência Social durante o escândalo dos descontos indevidos, prestará depoimento na segunda-feira, às 16h. A CPI busca também ouvir Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS, apontado como figura central no esquema. A intimação de Antunes foi realizada pela Polícia Legislativa, após dificuldades em encontrá-lo. Seu depoimento está marcado para 15 de setembro. Maurício Camisotti, empresário com empresa relacionada ao Careca do INSS, será ouvido no dia 19.

Na terça-feira, 9, o Congresso realizará sessão para promulgar a PEC dos Precatórios. A proposta de Emenda à Constituição, aprovada na semana anterior, retira os precatórios do limite de despesas primárias do Executivo a partir do próximo ano e limita o pagamento dessas dívidas por estados e municípios.

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