Bolsonaro recebe visitas políticas e religiosas em prisão domiciliar

Em meio à prisão domiciliar decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, o ex-presidente Jair Bolsonaro tem recebido visitas de figuras políticas e religiosas. A dinâmica, inicialmente marcada por uma série de visitas, inclusive de caráter considerado oportunista, sofreu uma mudança após desconforto expresso pela família de Bolsonaro.

Agora, o ministro questiona o ex-presidente sobre o desejo de receber o visitante antes de autorizar a entrada na residência. A primeira visita programada, na quinta-feira (9), será de Ciro Nogueira, ex-ministro de Bolsonaro e senador pelo PP-PI. Nogueira, alvo de críticas da direita por ter se posicionado contra a assinatura de um pedido de impeachment contra Moraes, também gerou polêmica ao afirmar que apenas os governadores de São Paulo e Paraná teriam o aval de Bolsonaro para uma eventual substituição.

A sexta-feira (10) trará a visita de Marcus Antonio Machado Ibiapina, assessor do PL. Já na segunda-feira (13), será a vez de Bruno Scheid, vice-presidente do PL em Rondônia. Em sequência, na terça-feira (14), o senador Marcos Pontes, ex-ministro da Ciência e Tecnologia durante o governo Bolsonaro, visitará o ex-presidente. A lista de visitantes inclui ainda o senador Márcio Bittar, do PL-AC.

Dentre os visitantes, destacam-se o deputado federal Sóstenes Cavalcante, líder do PL na Câmara, e Valdemar Costa Neto, presidente nacional do partido. Estas visitas se dão em um momento de tensão entre a família Bolsonaro e o PL, alimentada por declarações de Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, que cogita deixar o partido para buscar espaço em outra sigla para uma possível candidatura à presidência em 2026.

As sete visitas, agendadas entre as 9h e as 18h, obedecem à decisão de Moraes. Bolsonaro ainda aguarda a análise do pedido de visita do ex-ministro do Turismo, Gilson Machado, agora vereador por Recife.

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