O Ministério da Fazenda deu um passo importante na última segunda-feira (11), oficializando dois memorandos que fortalecem as relações econômicas e financeiras do Brasil com a Rússia e a China. Esses documentos estabelecem um diálogo permanente e abrem portas para colaboração em diversos setores, incluindo infraestrutura, projetos ambientais e fóruns multilaterais como o BRICS e o G20.
O ministro Fernando Haddad assinou, em conjunto com o ministro das Finanças da Rússia, Anton Siluanov, um memorando que institui o Diálogo Econômico e Financeiro bilateral. Este canal de comunicação constante visa promover a troca de experiências e a cooperação em áreas como políticas macroeconômicas, reformas, cooperação tributária e financiamento de infraestrutura. Além disso, o acordo inclui a busca por novas oportunidades bilaterais e a atuação conjunta em fóruns internacionais, além de abordar outros temas de interesse mútuo. É importante destacar que este acordo não implica em obrigações jurídicas ou compromissos financeiros obrigatórios. Cada país gerenciará seus próprios custos e manterá a confidencialidade das informações, a menos que haja autorização expressa para divulgação.
O Brasil também estreitou os laços com a China através de um memorando assinado com o ministro das Finanças, Lan Fo’an. Este acordo atualiza entendimentos anteriores e consolida projetos em andamento, incluindo a Nova Indústria Brasil (NIB), o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Plano de Transformação Ecológica e o Programa Rotas da Integração Sul-Americana. A China, por sua vez, incorporou a Iniciativa Cinturão e Rota ao acordo. A expectativa é que a cooperação se intensifique, elevando o nível de intercâmbio econômico e impulsionando a integração regional sustentável. O memorando também reforça a importância da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban) como principal fórum de coordenação para a relação bilateral.
Em um movimento que demonstra a importância da cooperação ambiental, o memorando com a China destaca a participação do país asiático no Fundo Florestas Tropicais para Sempre. Esta iniciativa brasileira visa preservar o meio ambiente e terá um impacto significativo na COP30. Além disso, o acordo reforça a necessidade de países desenvolvidos contribuírem para mecanismos de proteção das florestas tropicais.
Em paralelo a essas iniciativas, os Estados Unidos sinalizam uma investigação sobre os investimentos chineses no setor agrícola brasileiro. A proposta de investigação, prevista na proposta do Intelligence Authorization Act para 2026, será iniciada em 1º de outubro de 2025, e visa analisar o impacto desses investimentos na cadeia global de suprimentos e na segurança alimentar.
-
-
-
-
