O domingo (5) foi marcado por uma conquista histórica para o esporte paralímpico brasileiro. No Campeonato Mundial de Atletismo Paralímpico, realizado em Nova Déli, na Índia, o Brasil conquistou a primeira posição no quadro de medalhas, um feito inédito. A equipe brasileira brilhou com 44 pódios, incluindo 15 medalhas de ouro, 20 de prata e 9 de bronze.
A magnitude dessa conquista se intensifica quando se considera que a China, tradicionalmente dominante nesse evento, não ficou no topo do pódio pela segunda vez em 12 anos. A última vez que o país asiático não liderou o campeonato foi em 2011, quando a Rússia se sagrou campeã em Lyon, na França. O Irã ocupou o terceiro lugar nesse Mundial de 2025, com um total de 9 ouros e 16 medalhas.
Para o Comitê Paralímpico Brasileiro, essa brilhante campanha é o resultado de um trabalho consistente que vem sendo desenvolvido há anos. Nas três edições anteriores do Mundial de Atletismo Paralímpico, em Kobe (2024), Paris (2023) e Dubai (2019), o Brasil já havia conquistado a segunda posição, demonstrando a crescente força da equipe.
Em destaque, a atleta Jerusa Geber se consagrou ao conquistar duas medalhas de ouro. Na prova dos 200 metros T11 (de deficiência visual), ela estabeleceu a melhor marca com um tempo de 24 segundos e 88 milésimos. Essa conquista a elevou ao posto de atleta brasileira com mais medalhas na história dos Mundiais, totalizando 13 pódios, 7 ouros, 5 pratas e 1 bronze. Vale ressaltar que todos os atletas brasileiros que competiram no Mundial foram patrocinados pelo Bolsa Atleta.