O Brasil enfrenta um aumento significativo do sarampo, um problema que não se limita ao país, pois também afeta outros países da América do Norte. De acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o continente já registrou mais de 12 mil casos e 28 mortes por sarampo, principalmente no Canadá, México e Estados Unidos.
Padilha atribuiu o aumento dos casos ao negacionismo em relação às vacinas, que se espalha rapidamente, principalmente nas redes sociais. “A América do Norte está tendo uma explosão de casos de sarampo, por conta dessas políticas antivacinas, de espalhar o negacionismo, de ser contra”, declarou o ministro. Ele destacou que o Brasil evitou uma explosão de casos graças às medidas preventivas tomadas pelo Ministério da Saúde, como a campanha de vacinação e o bloqueio de casos importados.
No entanto, o ministro também criticou a falta de apoio à vacinação, que é fundamental para prevenir doenças mortais. “Os imunizantes passam por um criterioso estudo de qualidade, segurança e são fundamentais para salvar vidas”, afirmou Padilha. Ele também lamentou a desinformação que circula sobre as vacinas, que pode ter consequências graves para a saúde pública.
Em 2025, o Brasil registrou 37 casos de sarampo em sete estados, a maior parte com origem em outros países. O Ministério da Saúde está investindo em campanhas de vacinação e monitoramento para prevenir a propagação da doença. Além disso, a campanha nacional de vacinação contra o vírus sincicial respiratório (VSR) já começou, com o objetivo de prevenir a bronquiolite em recém-nascidos. O Ministério da Saúde investiu mais de 1 bilhão de reais na compra de 1 milhão e 800 mil doses do imunizante.
Padilha também criticou a atuação de médicos que saem vendendo cursos e detox de vacinas, espalhando mentiras sobre os imunizantes. “O Ministério da Saúde, junto com a Advocacia-Geral da União (AGU), entrou com ação judicial para questionar essa prática”, afirmou o ministro. Ele enfatizou que a desinformação em relação às vacinas é um problema sério que afeta a vida das famílias brasileiras e dos profissionais de saúde.
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