A China deu mais um passo significativo em sua corrida por se tornar uma potência militar dominante ao colocar em serviço o porta-aviões Fujian, o mais avançado navio da frota chinesa. A cerimônia de inauguração, presidida pelo ditador Xi Jinping, foi um evento de grande importância, demonstrando a determinação do país em reforçar sua influência regional e seu poder naval.
O Fujian é o terceiro porta-aviões da China e o primeiro a ser totalmente projetado e construído no país. A cerimônia de inauguração foi realizada em Sanya, na ilha de Hainan, com a presença de mais de duas mil pessoas, incluindo oficiais do Exército chinês e representantes da indústria de defesa. O ditador Xi Jinping presidiu o evento e inspecionou as instalações do navio, conversou com a tripulação e ativou o sistema de catapultas do Fujian, demonstrando sua capacidade de operar aeronaves de alta tecnologia.
O Fujian é equipado com catapultas eletromagnéticas, um sistema que emprega energia elétrica para impulsionar aeronaves a partir da cabine. Esse sistema é uma inovação importante, pois permite que o navio opere aeronaves de alta velocidade e alta tecnologia, incluindo novos aviões com radar de alerta antecipado. Além disso, o Fujian é capaz de operar a aeronave de alerta aéreo antecipado KJ-600, o novo caça furtivo J-35 e variantes do principal caça naval chinês desenvolvido a partir de modelos russos da Sukhoi, o J-15.
A China já havia começado a realizar testes mais complexos com porta-aviões nos últimos anos em áreas mais distantes do Pacífico Ocidental, de acordo com Nick Childs, analista de defesa do think tank Instituto Internacional de Estudos Estratégicos. No entanto, o Fujian oferece uma capacidade mais abrangente e pode operar com mais eficácia em uma gama mais ampla de cenários, de acordo com Childs.
O nome escolhido para o porta-aviões, Fujian, é uma referência à província costeira mais próxima de Taiwan, a ilha democrática que a China reivindica como seu território. A China está empenhada em modernizar sua frota naval e em rivalizar com as principais potências militares do mundo. O país espera ter em sua frota seis porta-aviões até 2030, sendo o Fujian apenas o terceiro em atividade.
Apesar dos esforços da China para modernizar sua frota naval, o país ainda está atrás dos Estados Unidos em alguns pontos importantes. O Fujian, que desloca mais de 80 mil toneladas quando totalmente carregado, pode operar até 40 aeronaves de asa fixa, além de alguns helicópteros. No entanto, outros navios americanos têm mais capacidade, como os porta-aviões das classes Nimitz e Gerald R. Ford, que podem transportar um número maior de aeronaves e navegar por muito mais tempo sem reabastecer.
