A sessão da CPMI do INSS prevista para segunda-feira (15) segue mantida, mesmo após o Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, tornar facultativa a presença de Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, na comissão parlamentar. A decisão do ministro ocorreu após a prisão de Antunes na sexta-feira, em uma operação da Polícia Federal.
O senador Carlos Viana (Podemos-MG), presidente da comissão responsável por investigar o desvio de mais de R$ 6 bilhões de aposentados e pensionistas, afirmou que está em contato com a defesa de Antunes, que confirmou a intenção do suspeito de comparecer à CPMI. Viana destacou que o objetivo é permitir que Antunes apresente sua versão sobre o escândalo e todos os fatos envolvidos.
Para garantir a segurança e a liberdade de expressão durante o depoimento, o senador Viana revelou que está sendo coordenado um esquema de segurança em conjunto com a Polícia Legislativa e a Polícia Federal. Ele espera que a participação de Antunes seja proveitosa e que ele revele informações relevantes sobre o caso.
Em relação a Maurício Camisotti, outro empresário preso na sexta-feira e que também recebeu a opção de não comparecer à CPMI, o senador Viana informou que o depoimento estava agendado para a quinta-feira (18).
Viana também mencionou que a comissão está em contato com outras pessoas envolvidas no caso e que testemunhas se mostram dispostas a colaborar com as investigações.
A prisão de Antunes e Camisotti ocorreu na sexta-feira, no âmbito da Operação Cambota, que é um desdobramento da Operação Sem Desconto, realizada em abril. A Operação Sem Desconto investiga o desvio de R$ 6,3 bilhões do INSS desde 2019.
