Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, concedeu indulto preventivo a Rudy Giuliani, ex-prefeito de Nova York, e a outros acusados de tentar reverter o resultado das eleições de 2020, em que o mandatário republicano foi derrotado pelo democrata Joe Biden.
A lista de beneficiados com o indulto “total, incondicional e completo” foi publicada pelo advogado Ed Martin, especializado em indultos do governo, na noite de domingo (9) no X. Além de Giuliani, que ganhou fama nas décadas de 1980 e 1990 na cidade de Nova York como promotor, antes de ser eleito prefeito e exercer o cargo por dois mandatos (1994-2001), também está presente Sidney Powell, advogada de Trump que se declarou culpada de tentar reverter os resultados das eleições presidenciais na Geórgia em 2023, e John Eastman, que assessorou o mandatário durante sua campanha eleitoral em 2020.
Giuliani enfrenta atualmente acusações estaduais no Arizona por interferência eleitoral e em 2023 foi declarado culpado de difundir informações falsas sobre funcionários eleitorais da Geórgia, o que resultou em uma multa de mais de US$ 145 milhões. Devido a esses problemas na Justiça, Giuliani perdeu o direito de advogar no estado de Nova York e na capital americana, Washington.
Outros nomeados incluem Mark Meadows, ex-chefe de gabinete da Casa Branca durante parte do primeiro mandato de Trump, que foi acusado de pressionar funcionários estaduais na Geórgia para favorecer o presidente. “Esta proclamação põe fim a uma grave injustiça nacional perpetrada contra a população americana após as eleições presidenciais de 2020 e dá continuidade ao processo de reconciliação nacional”, lê-se no documento.
No entanto, os indultos concedidos por Trump são preventivos, pois se aplicam apenas a acusações federais e nenhum dos nomes que constam na lista tem casos abertos na esfera federal. Em setembro deste ano, Trump anunciou que Giuliani receberá a Medalha Presidencial da Liberdade, a mais alta honraria para civis conferida pelo governo americano.
