Escolas Abertas: um Bem Comum.

Priorizar o bem estar físico e psíquico da criança e do adolescente, incluindo o acesso a educação é dever do Estado ,da família e da sociedade

Priorizar o bem estar físico e psíquico da criança e do adolescente, incluindo o acesso
a educação é dever do Estado ,da família e da sociedade, garantido pela Constituição
Federal e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente ,mas não foi bem o que ocorreu
em tempos de Pandemia.
Escolas fechadas por tempo prolongado vem causando danos a toda uma geração,
muitos deles irreversíveis e um aumento das taxas de evasão escolar.
Diversos pesquisadores fizeram vários estudos sobre os efeitos na saúde da criança e
do adolescente durante todo esse período.
Um deles é o déficit de aprendizagem pela falta de acesso a tecnologia De acordo
com pesquisas feitas pela UNICEF,1/3 das crianças não têm acesso a aulas remotas, o
que representa 463 milhões de crianças em todo mundo, sendo a maioria de família
pobre. Muitos , principalmente do ensino médio, largaram a escola em definitivo.
O número de violências domésticas e abusos sexuais cresceram até 12 vezes na
pandemia em São Paulo, segundo denúncias e relatos de conselheiros tutelares.
Outro estudo realizado por um grupo de pesquisadores de 20 universidades
americanas, analisando adolescentes dos Estados Unidos, Peru e Holanda, mostrou
que os sintomas de depressão aumentaram 28% com 6 meses de pandemia. E que
em casos mais graves podem ocorrer automutilações e até suicídios
A Sociedade Brasileira de Pediatra concluiu que a medida adotada em várias cidades do país contribuiu para o aumento dos índices da obesidade infantil.
Segundo artigo publicado em janeiro de 2021, na revista científica Jama
Ophthalmology,as crianças, especialmente aquelas com idades entre 6 e 8 anos,
estão ficando mais míopes na pandemia.
Com o tempo ,foi observado que fechar as escolas foi inútil e só trouxe prejuízos,
como esses citados acima e diversos pediatras começaram a orientar para que
reabrissem as escolas. A reabertura não afetou o ritmo da Pandemia mesmo com o
aumento do número de casos e com o surgimento das novas cepas.
O diretor da Sociedade Brasileira de Imunização, o infectologista Renato Kfouri,disse
em entrevista a GloboNews que as crianças são as que menos se infectam ou
transmitem o vírus. As internações na faixa pediátrica é em torno de 1% e a
mortalidade menos de 0,5 %,ou seja, muito raro quando comparado a outras
doenças respiratórias comuns em crianças como pneumonia bacteriana, sinusite ou
mesmo uma gripe comum.
A Associação Brasileira de Pediatra emitiu uma nota técnica com Dados
Epidemiológicos da Covid em pediatra e foi feita uma análise pelo Departamento
Científico de Imunizações e Departamento Científico de Infectologia com pessoas de
0 a 19 anos ,comparando as taxas de hospitalizações e óbitos num período do ano de
2020 e 2021, mostrando queda no ano corrente. Confira abaixo:

Sendo assim, torna -se imprescindível que todas as crianças e adolescentes tenham
verdadeiro acesso a educação em tempos de pandemia com os devidos protocolos,
para que não hajam maiores prejuízos para essa nova geração.

Por: Renata N. Rizek

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