Fernando Haddad Anuncia Sua Saida da Fazenda em 2026

Fernando Haddad, ministro da Fazenda, anunciou sua intenção de deixar a pasta em fevereiro de 2026, para se concentrar na campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o ministro, a participação política no processo eleitoral é incompatível com a função de chefe da equipe econômica do governo.

Essa decisão não é surpresa, pois Haddad vinha dando sinais públicos de que poderia deixar o cargo para ajudar na campanha de Lula, pelo menos desde o início do ano. Havia a possibilidade de que ele se lançasse para algum cargo eletivo pelo estado de São Paulo, entre Senado ou governo, mas pontuou que a atuação será na campanha lulista.

“Em primeiro lugar, manifestei o desejo de colaborar com a campanha do presidente Lula. E isso é incompatível com os requisitos da Fazenda. Não tem como colaborar com a campanha no cargo de ministro da Fazenda. Então, é nesse sentido que eu conversei com o presidente de que se o meu pleito for atendido de alguma maneira, de poder concorrer para a sua reeleição na condição de colaborador da campanha, uma troca de comando aqui seria importante”, afirmou Haddad durante a reunião ministerial realizada na manhã de quinta-feira.

De acordo com a legislação eleitoral, ministros que pretendem disputar eleições precisam se afastar do cargo até o dia 3 de abril de 2026, mas Haddad disse que optou por antecipar a saída. O argumento apresentado é o de garantir uma transição organizada e permitir que o sucessor prepare medidas econômicas estratégicas no início do próximo ano.

A expectativa é de que o secretário-executivo, Dario Durigan, assuma a pasta da Fazenda após a saída de Haddad. A escolha, no entanto, dependerá do aval de Lula. Além disso, Haddad deixou claro que agiu com cautela para não comprometer a consistência entre metas fiscais, Orçamento e Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2026.

“Tomei muito cuidado de falar do meu futuro depois de aprovada a LDO e depois de aprovadas as medidas necessárias para garantir um Orçamento consistente”, afirmou o ministro frisando que a preocupação sempre foi assegurar que as metas fiscais pudessem ser cumpridas.

A decisão de Haddad é vista como um movimento estratégico para garantir a transição suave da equipe econômica do governo e permitir que o sucessor prepare as medidas necessárias para o próximo ano.

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