Fisioterapeuta Ajuda Adolescentes Grávidas com Enxovais e Acolhimento, Inspiração para a Região de Paraguaçu Paulista

Ana Marta Francisco Raphael, de 58 anos, fundou uma associação para ajudar gestantes adolescentes em situação de vulnerabilidade, oferecendo enxovais, suporte psicológico e incentivo à educação.

Em Paraguaçu Paulista (SP), a fisioterapeuta Ana Marta Francisco Raphael tem unido profissão e solidariedade para mudar a realidade de adolescentes grávidas. Desde julho do ano passado, ela lidera uma associação filantrópica que oferece não apenas itens essenciais para o bebê, mas também apoio emocional e incentivo à continuidade dos estudos.

A iniciativa nasceu da percepção de uma necessidade urgente na cidade: acolher adolescentes que enfrentam uma gravidez não planejada, muitas vezes em situação de vulnerabilidade social. Ao lado de um grupo de voluntárias, Ana Marta criou a Associação Filantrópica em Apoio à Gestante Adolescente, que já beneficiou dezenas de jovens, algumas com apenas 12 anos.

O trabalho envolve a entrega de enxovais completos, acompanhamento psicológico e, sobretudo, uma mensagem clara: não desistir dos estudos. “Se cortar o estudo, corta o futuro. Sem estudo, não há boas oportunidades de trabalho, e a jovem fica ainda mais exposta a dificuldades”, destaca Ana Marta.

O voluntariado também é um legado familiar. Sua mãe, Dirce Portezan Rafael, de 86 anos, é professora aposentada e confecciona enxovais há décadas. Mãe e filha trabalham juntas nas reuniões da associação, reforçando que a solidariedade não tem idade. “Enquanto eu puder andar, vou continuar ajudando”, afirma Dirce.

Histórias como a de Gabrieli Martins da Silva, mãe da pequena Jade, mostram o impacto desse acolhimento. Gabrieli relata que recebeu todo o apoio necessário em um momento delicado, incluindo itens básicos para o bebê e suporte emocional. “A Ana Marta é um anjo, porque abre mão do próprio conforto para ajudar quem precisa”, diz emocionada.

Além das doações, a associação atua como uma rede de apoio, criando vínculos e oferecendo orientação para que as jovens enfrentem a maternidade de forma mais segura e consciente. Para Ana Marta, ajudar é um dever de todos. “Se cada pessoa fizer um pouco, ninguém ficará desamparado”, conclui.

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