A inovação espanhola YPlasma está revolucionando o modo como os servidores se mantêm frescos, abandonando os tradicionais sistemas de ventiladores em favor da tecnologia do plasma. Essa solução transforma eletricidade em um fluxo de ar iônico, prometendo uma redução significativa no consumo energético e nas vibrações.
O sistema da YPlasma, baseado na Descarga de Barreira Dielétrica (DBD), utiliza tiras de eletrodos de cobre, isolados por materiais como Teflon. Quando submetidos a alta tensão, esses eletrodos ionizam o ar, gerando plasma e criando um fluxo laminar de vento iônico. Esse vento iônico não apenas direciona o ar de forma precisa, como também remove a camada limite térmica dos chips, melhorando a convecção e distribuindo o resfriamento de forma uniforme.
Em testes internos, um chip que atingia 84°C viu sua temperatura cair para 49°C com a utilização da tecnologia YPlasma, superando significativamente o desempenho de ventiladores tradicionais. Além da eficiência térmica, a empresa destaca outras vantagens, como a redução de vibrações e ruído, a maior vida útil do hardware e a proteção contra poeira, oxidação e umidade, tornando a solução ideal para ambientes industriais e implementações de Edge Computing.
Fundada em 2024, a YPlasma já captou atenção de gigantes como Intel e Lenovo, que estão testando a tecnologia em laptops e workstations. A expectativa é que protótipos estejam implementados ainda este ano, com o foco posterior se direcionar para servidores e data centers.
A corrida pelo resfriamento a plasma se intensifica, com a suiza Ionic Wind Technologies e a Apple também investindo nesse campo. Especialistas acreditam que essa tecnologia pode revolucionar a infraestrutura de TI, reduzindo custos, otimizando o espaço e abrindo caminho para data centers mais sustentáveis.
