Lula Conta com Apoio de Donald Trump para Negociações Comerciais no Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirma que contará com o apoio de seu homólogo americano, Donald Trump, para impulsionar as negociações comerciais entre os dois países. Em meio à Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), que ocorre no Brasil, Lula reiterou seu compromisso de alcançar um acordo comercial justo e vantajoso para ambos os países.

A reunião bilateral entre os dois presidentes, realizada no final do mês passado na Malásia, não culminou em um acordo devido às cobranças de 50% sobre produtos brasileiros que entram nos Estados Unidos. No entanto, Lula não perdeu a esperança de alcançar um entendimento e afirmou que ligará para Trump se as negociações não avançarem até o final da COP30.

Em uma declaração feita em Belém, sede da Conferência da ONU, Lula disse que espera que os negociadores dos dois países comecem a conversar em breve. “Disse a ele [Trump] que era muito importante que nossos negociadores começassem a conversar em breve”, afirmou o presidente brasileiro. “Quando a COP30 terminar, se a reunião entre meus negociadores e os dele não tiver sido agendada, ligarei para Trump novamente. Tenho o número dele, ele tem o meu. Não é um problema”.

Além das negociações comerciais, Lula também abordou a retirada de sanções a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), como Alexandre de Moraes. O presidente brasileiro pediu que Trump retire as sanções, que foram impostas em virtude da Lei Magnitsky, que visa punir indivíduos responsáveis por violações dos direitos humanos em países estrangeiros.

A reunião de Lula com Trump também abordou a atuação militar dos Estados Unidos na região. O presidente brasileiro disse que está considerando participar de uma reunião da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), na Colômbia, para discutir a presença militar dos Estados Unidos na Venezuela e na Colômbia.

Lula reiterou que a América Latina é uma região de paz e que não quer que os Estados Unidos invadam a Venezuela. “Eu disse a Trump que a América Latina é uma região de paz. Não quero que cheguemos ao ponto de uma invasão terrestre dos Estados Unidos na Venezuela”, afirmou o presidente brasileiro.

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