O presidente Lula se fortalece na corrida eleitoral de 2026, impulsionado por uma onda de apoio popular que se intensificou após a imposição do tarifaço americano ao Brasil pelo ex-presidente Donald Trump. Uma nova pesquisa da Atlas/Intel, em parceria com a Bloomberg, revela um descolamento significativo do petista em relação aos demais candidatos.
A pesquisa indica que Lula alcança uma vantagem expressiva em cenários de segundo turno contra os principais nomes da oposição. Tarcísio de Freitas, do Republicanos, que se posiciona como um forte candidato à reeleição para o governo de São Paulo, perde terreno para o presidente, mesmo sendo apontado pela oposição como um dos principais nomes para disputar o Planalto. Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama, também é superada por Lula em projeções de segundo turno.
Em um cenário hipotético de disputa entre Lula e Tarcísio, o presidente obtém 50,4% das intenções de voto, contra 46,6% do governador paulista. Comparando com a pesquisa de junho, Lula avançou 2,8 pontos percentuais, enquanto Tarcísio sofreu uma queda de 0,03%.
A pesquisa também demonstra que Lula se destaca em um cenário de primeiro turno, com 48,5% das intenções de voto. Tarcísio se mantém na segunda posição, com 33%, seguido por Ratinho Jr., com 3,6%, e Romeu Zema, com 3,6%.
Em uma possível disputa contra Michelle Bolsonaro, Lula se mantém à frente em ambos os cenários (segundo e primeiro turno).
A pesquisa também revela que, em um cenário onde Lula e Bolsonaro abrissem mão de suas candidaturas, o ministro Fernando Haddad, da Fazenda, seria apontado como o sucessor natural do petista, com 34,2% das intenções de voto. Tarcísio de Freitas, por sua vez, aparece em segundo lugar, com 33,8%.
A pesquisa da Atlas/Intel, com 7.334 entrevistas realizadas entre 25 e 28 de julho, com margem de erro de 1 ponto percentual, aponta para a consolidação de Lula como favorito à reeleição em 2026.
Embora Lula ainda não tenha oficializado sua pré-candidatura, sua popularidade se beneficia da conjuntura atual, marcada pela imposição de tarifas americanas ao Brasil e pela defesa ferrenha da soberania nacional. A pesquisa mostra que o presidente se beneficia do apoio da oposição, que se junta à sua retórica em relação à interferência externa.
