Magnitsky e outras sanções: vai ter mudança no Brasil?

Por Luiz Philippe de Orléans e Bragança

Magnitsky e outras sanções

Das várias ações que os Estados Unidos podem e vão exercer sobre o Brasil, a primeira já aconteceu. A lei Magnitsky cancelou vistos e bloqueou bens dos violadores de direitos humanos no Brasil. Pessoas autoritárias que aplicam multas arbitrárias e determinam atos coercitivos com o objetivo de que empresas americanas conduzam seus negócios de forma imoral. Trata-se de uma lei para atingir diretamente o Poder Judiciário, entretanto, há situações de repressão em que o governo tem sido protagonista e vai começar a ser sancionado, também. 

O ocupante do Planalto tem abrigado traficantes internacionais e facilitado as ações do crime organizado, e como os Estados Unidos já declararam guerra contra o narcotráfico. Este governo também está alinhado a Rússia e China, e contra os Estados Unidos, nossos parceiros de longa data. O Brasil entrou na mira como inimigo dos EUA, que não vão tolerar em sua esfera hegemônica um país que se coloque ao lado de ditaduras que declaradamente se organizaram para derrotá-los em âmbito social, político, econômico e cultural. 

O sucesso da lei Magnitsky pode ter relativo sucesso para proteger pessoas e empresas norte-americanas de agentes públicos, assim como o aumento das alíquotas de produtos brasileiros no exterior. Não é propriamente uma interferência na soberania do país, mas nas políticas de comércio exterior, algo que poderia ser negociado e não foi. 

Porém, se os EUA resolverem reagir ao posicionamento de Lula sobre o narcotráfico e os inimigos da democracia, pode-se abrir um precedente para interferência direta. Com mais exército, tecnologia e inteligência, a chance de vitória sobre os cartéis latinoamericanos é total. Trump deve avaliar que as ações para debelar cartéis e ameaças ao mundo livre são consideradas metas alcançáveis a curto prazo. Portanto, tais medidas certamente virão e devem incluir os governos e as estruturas que apoiam o narcotráfico.

Em vez de conversar e endurecer punições a narcotraficantes, libertar inocentes e sair da barra da saia de Rússia e China, o Brasil dobrou a aposta. Como consequência, temos os efeitos não só da lei Magnitsky, como das tarifas, e agora vêm ações contra o narcotráfico e o reposicionamento geopolítico. Qual delas será a mais efetiva? 

Todas trarão mudanças, mas não necessariamente as que queremos. Compete à população assumir o que quer para o próximo capítulo da sua história. Tirar só o governo e os ministros, mantendo o atual sistema? Certamente, não. Elaboramos o Plano Brasil como uma diretriz para um novo modelo, e precisamos colocá-lo em prática. Para conhecê-lo melhor, acesse o nosso site. Clique aqui para acessar

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