Mesmo com o insuficiente, mas real aumento dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva em todo o Estado de São Paulo, conforme os dados levantados pela reportagem junto ao CNES – Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde, Paraguaçu Paulista, que vive o pico mais agudo da COVID-19 neste mês com 41 óbitos, manteve a mesma quantidade de leitos disponíveis à população.
Segundo os números do CNES, em abril de 2020, logo após o início das medidas restritivas em função da pandemia, o Estado de São Paulo possuía pouco mais de 19 mil leitos de UTI, enquanto que, no mesmo cadastro, agora em 2021 o Estado aumentou esse número para quase 22 mil leitos (21.939). Paraguaçu possuía em 2020 15 leitos de UTI e, segundo o CNES, apresenta em 2021 o mesmo número.
Em Paraguaçu, mesmo com o aumento de casos e de óbitos, não houve aumento da oferta de leitos de UTI segundo o CNES. No Estado, o aumento se mostrou insipiente, pois mesmo com os novos quase 3 mil leitos, a ocupação encontra-se em praticamente 100% em mais de 70, dos apenas 107 municípios paulistas que possuem Unidade de Terapia Intensiva. Em mais de um ano, não houve aumento de cidades que ofertam UTI aos pacientes de COVID-19, apenas de leitos nos mesmos locais que já existiam.
No início deste mês o empresário Dante Mantovani, em viagem à capital federal, conseguiu a articulação e liberação de recursos financeiros para o custeio de leitos de UTI na Santa Casa de Paraguaçu. Segundo o empresário, a liberação da verba, que aconteceu via governo do Estado, vai significar uma economia de quase 500 mil reais no hospital local.