No terceiro dia de paralisação, a Região Metropolitana do Recife é palco de uma cena caótica: estações de metrô fechadas e terminais de passageiros de ônibus lotados. A medida impacta diretamente os 170 mil passageiros que diariamente utilizam o sistema de transporte sobre trilhos, deixando-os sem opções de deslocamento eficiente.
Nesse contexto de crise, o Sindicato dos Metroviários e a Companhia Brasileira de Trens Urbanos se reuniram em encontro convocado pelo Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região. O objetivo era encontrar uma solução para o conflito que mantém a paralisação do metrô. Em busca de uma saída negociada, o sindicato apresentou um Plano Emergencial de Recuperação do Metrô, que destaca a necessidade de investimentos e reformas estruturais para garantir a segurança, a regularidade e a qualidade do transporte.
A Justiça do Trabalho propôs um prazo de 30 dias para que a Companhia de Trens analise o plano emergencial apresentado pelo sindicato. Se aprovado, isso significaria o fim da greve, a partir da meia-noite de quinta-feira (6). Além disso, foi sugerido que os dias parados não sejam descontados dos salários dos trabalhadores. Agora, os representantes do sindicato precisam votar as propostas em assembleia, programada para as 18h desta quarta-feira (5).
Enquanto isso, a situação nos terminais de ônibus segue complicada, apesar do reforço da frota com 80 ônibus a mais operando nas 15 linhas paralelas aos corredores do Metrô. A movimentação é intensa, mas não há como suprir a demanda de passageiros que, diariamente, dependem do metrô para se deslocar pela cidade. A expectativa é que a situação se esclareça nos próximos dias, mas até lá, a Região Metropolitana do Recife permanece sob o impacto da greve.
