Paralisação de ônibus em São Luís deixa cidadãos sem transporte na véspera de Natal

Em uma surpresa para os moradores de São Luís, no Maranhão, aqueles que esqueceram suas compras de Natal para esta quarta-feira (24) e precisaram usar transporte público tiveram uma decepção. Poucos ônibus circularam pela cidade, deixando muitos sem opção de transporte.

Apenas cerca de 70% da frota que opera na capital estavam em funcionamento, devido a uma paralisação motivada por uma grave situação econômica enfrentada pelas empresas de ônibus. Pelo menos 15 bairros foram afetados, tornando o dia de Natal ainda mais complicado para muitos.

O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado informou que a empresa 1001 não pagou o último salário, nem o décimo terceiro salário, e nem até mesmo o ticket alimentação dos funcionários. Além disso, foi enviado uma notificação a essa terça-feira cobrando o pagamento dos valores atrasados. A situação é tão crítica que outros sindicatos, como a Grapiúna, Expresso Rei de França e Solemar, que também atendem o transporte público de São Luís, podem aderir à paralisação pelo mesmo motivo.

Essa não é a primeira vez que o serviço de ônibus na capital maranhense enfrenta instabilidade. Em novembro passado, os rodoviários da empresa 1001 realizaram 12 dias de greve por motivos semelhantes. Na época, a empresa Expresso Marina até mesmo aderiu ao movimento grevista por 5 dias.

O impasse só foi resolvido após a decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região, que mandou a Prefeitura de São Luís pagar os subsídios devidos às empresas de ônibus. Na semana passada, os usuários do transporte público enfrentaram maior tempo de espera nas paradas de ônibus, devido à retirada de circulação de 52 ônibus alugados, que estavam sob responsabilidade da 1001.

Agora, em dezembro, a Prefeitura voltou a não pagar os subsídios referentes ao mês de novembro. O desembargador Luiz Cosmo da Silva Júnior, do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região, não acatou o pedido do sindicato das empresas para retomada do pagamento, reforçando que a responsabilidade pelo pagamento dos salários cabe às empresas concessionárias, independentemente de eventuais atrasos do subsídio municipal.

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