A fundação do Partido dos Trabalhadores (PT), entidade ligada ao partido político de esquerda, recentemente lançou um curso para militantes na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O curso, que tem como objetivo capacitar os militantes em questões administrativas e jurídicas, tem sido criticado por um jurista que apontou a violação de princípios constitucionais.
De acordo com o jurista, o curso viola a separação entre o Estado e a religião, pois a Unicamp é uma instituição pública. Além disso, o curso ministrado pela fundação do PT pode ser visto como uma forma de promoção política, o que também viola a separação entre a política e a administração pública. A fundação do PT, por sua vez, argumenta que o curso tem como objetivo apenas capacitar os militantes em questões administrativas e jurídicas, e não tem qualquer ligação com a política.
No entanto, a crítica do jurista não é a única. Outros especialistas também têm argumentado que o curso pode ser visto como uma forma de “imoralidade administrativa”, pois a fundação do PT, como uma entidade privada, não tem o direito de ministrar cursos em uma instituição pública como a Unicamp. Além disso, o curso pode ser visto como uma forma de uso indevido de recursos públicos, pois a Unicamp é uma instituição pública que recebe recursos do orçamento público.
A questão também é importante porque a Unicamp é uma das principais universidades do país e é conhecida por suas excelentes condições para a formação de profissionais. Por isso, a crítica ao curso pode ser vista como uma forma de proteger a autonomia da universidade e a separação entre a política e a administração pública.
