Estado de Emergência em Lima

No meio de uma onda de violência que sacode a cidade de Lima, o presidente interino do Peru, José Jerí, declarou o estado de emergência na capital. Esta medida foi aprovada pelo Conselho de Ministros e visa combater a criminalidade. A decisão está prevista para durar 30 dias e visa restabelecer a ordem na cidade, que se encontra em um estado de caos.

A Polícia Nacional do Peru assume agora o controle da situação, com o apoio das Forças Armadas, que realizarão operações intensivas em áreas consideradas críticas. Além disso, a instalação de comandos temporários, a fiscalização de documentos, a verificação de identidade e a busca e captura de pessoas com mandados de prisão são apenas algumas das medidas implementadas. A abertura forçada de imóveis, o confisco de armas e munições, além do controle migratório de estrangeiros, também fazem parte da estratégia para controlar a situação.

A declaração do estado de emergência restringe direitos constitucionais fundamentais, como a liberdade e segurança pessoal, a inviolabilidade de domicílio e a liberdade de reunião e deslocamento. Agora, as atividades públicas coletivas precisam ser aprovadas com antecedência pelas autoridades. Embora o decreto não mencione o toque de recolher, as medidas implementadas visam restabelecer a ordem e a segurança na cidade.

É importante lembrar que a situação política no Peru é complexa e instável. Desde o impeachment de Dina Boluarte, há menos de duas semanas, o país enfrenta uma crise sem precedentes. O Peru já teve sete presidentes que sofreram impeachment, renunciaram ou foram interinos desde 2016. As próximas eleições estão marcadas para abril de 2026, o que pode contribuir para a instabilidade política. Nesse contexto, a declaração do estado de emergência visa restabelecer a ordem e a segurança, mas também pode ser vista como uma medida para controlar a situação política.

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