Polícia Civil de Assis realiza operação contra uso clandestino de medicamentos em clínicas de estética
A Polícia Civil, através do 1º Distrito Policial de Assis, deflagrou uma operação estratégica voltada ao combate da comercialização e aplicação irregular de medicamentos em estabelecimentos de beleza da cidade vizinha. A ação investigativa visa coibir o uso de substâncias, originalmente indicadas para tratamentos médicos especializados, que vêm sendo desviadas e aplicadas de forma clandestina para fins estéticos e de emagrecimento em locais sem a devida habilitação sanitária.
A ofensiva policial foi motivada por um trabalho de inteligência que identificou salões de cabeleireiros e centros de estética operando à margem da lei. Nestes locais, procedimentos invasivos estariam sendo realizados sem a presença de responsáveis técnicos habilitados ou autorização dos órgãos de vigilância, colocando em risco a saúde pública.
Investigação e cumprimento de mandados
O inquérito aponta que as responsáveis pelos estabelecimentos investigados utilizavam a infraestrutura comercial não apenas para o atendimento regular de beleza, mas como fachada para o armazenamento, divulgação e aplicação dos medicamentos. Esta conduta, segundo a apuração, enquadra-se, em tese, no artigo 273 do Código Penal, que trata da falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais.
Diante das evidências coletadas e da necessidade de materializar a prova do crime, a Polícia Civil representou ao Poder Judiciário pela expedição de mandados de busca e apreensão. Ao todo, foram cumpridas cinco ordens judiciais, distribuídas estrategicamente entre os endereços comerciais (clínicas e salões) e as residências das investigadas em Assis.
Apreensão de materiais e situação legal
Durante as diligências, as equipes policiais confirmaram as suspeitas levantadas na fase de inteligência. Nos locais vistoriados, foram encontrados e apreendidos diversos insumos que comprovam a prática irregular, incluindo:
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Medicamentos de uso restrito ou controlado;
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Ampolas de substâncias terapêuticas;
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Seringas e outros materiais hospitalares utilizados na aplicação.
Todo o material recolhido foi encaminhado para perícia técnica, cujo laudo será fundamental para instruir o procedimento investigatório e determinar a natureza exata das substâncias. As pessoas averiguadas durante a operação foram conduzidas para prestar esclarecimentos e, após serem ouvidas pela autoridade policial, foram liberadas para responder ao inquérito em liberdade, conforme prevê a legislação vigente para esta fase processual.
A ação em Assis serve de alerta regional para consumidores de cidades vizinhas, como Paraguaçu Paulista, sobre os riscos de submeter-se a procedimentos estéticos invasivos ou tratamentos de emagrecimento em locais que não possuem alvará sanitário específico ou profissionais médicos responsáveis.
