Brasil e China: Parceria Comercial Prioritária

Simone Tebet, ministra do Planejamento e Orçamento, deixou claro que o Brasil considera a China seu principal parceiro comercial a curto prazo. Para ela, as exportações para o gigante asiático, principalmente de produtos agrícolas e minerais, desempenham um papel crucial na saúde da balança comercial brasileira.

Tebet ressaltou que o Brasil busca diversificar suas relações comerciais, mas sem abandonar as parcerias já estabelecidas. O aumento do comércio com os Estados Unidos é desejado, mas não pode comprometer o que sustenta grande parte da economia brasileira, segundo a ministra.

Tebet defende uma postura pragmática na política externa do país, alinhada aos interesses econômicos do Brasil. Durante sua visita a Rondônia, a ministra encontrou-se com autoridades e empresários para discutir investimentos em infraestrutura e transição energética. Nesse contexto, ela reforçou a possibilidade de fortalecer laços com os EUA sem romper com a China.

Apesar da ênfase na relação com a China, os Estados Unidos permanecem como o maior investidor direto no Brasil. Empresas americanas detêm cerca de 34% do estoque de investimento estrangeiro direto no país, o equivalente a mais de US$ 357 bilhões, segundo dados da Amcham Brasil. Esses recursos são direcionados a setores estratégicos como tecnologia, manufatura de veículos, energia e infraestrutura, gerando empregos qualificados e impulsionando as cadeias produtivas.

O Banco Central divulgou que o fluxo de investimento direto no país (IDP) atingiu US$ 70,5 bilhões nos últimos 12 meses até maio, representando 3,31% do PIB brasileiro — um valor superior aos 2,69% registrados no mesmo período de 2024.

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