Em uma visita de quatro dias à Escócia, o presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou categoricamente que existe uma crise de fome real na Faixa de Gaza, contrariando sua posição anterior e a de seu aliado, o premiê israelense, Benjamin Netanyahu.
Trump, em entrevista à CNN, declarou: “É fome de verdade. Eu vejo, e não dá para fingir. Então, vamos nos envolver ainda mais.” O presidente americano reconheceu a responsabilidade do grupo terrorista Hamas no atraso na distribuição de ajuda humanitária, mas também apontou para a responsabilidade de Israel na crise no enclave palestino.
Para mitigar a situação, Trump anunciou a criação de centros de distribuição de alimentos em Gaza, em colaboração com diversas entidades e países. Segundo o presidente, esses centros seriam acessíveis a todos, sem restrições de acesso ou barreiras físicas.
Essa declaração de Trump surge após Netanyahu negar veementemente a existência de uma crise de fome na Faixa de Gaza em um vídeo publicado no X. O premiê israelense afirmou categoricamente que não há fome em Gaza, nem qualquer política de fome implementada. Tanto o governo israelense quanto o norte-americano atribuem a responsabilidade pelo atraso e desvios na distribuição de ajuda humanitária ao Hamas.
Vale ressaltar que, em reportagens recentes, a imprensa americana divulgou informações sobre um relatório da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) que não encontrou evidências de roubo em massa de ajuda humanitária por parte do Hamas em Gaza.