Trump autoriza Exército a combater cartéis fora dos EUA

Em uma decisão que gerou grande repercussão, o presidente americano, Donald Trump, assinou um decreto secreto autorizando o Exército dos Estados Unidos a participar de ações de combate a cartéis fora do país, de acordo com informações publicadas pelo jornal The New York Times na sexta-feira (8).

Fontes próximas ao assunto, que preferiram permanecer anônimas, revelaram ao Times que o presidente republicano aprovou essa nova diretriz, permitindo que as forças americanas se envolvam em operações contra determinados cartéis de drogas latino-americanos. A designação desses grupos como organizações terroristas ocorreu no início do segundo mandato de Trump.

Essa medida representa uma etapa mais aprofundada na estratégia de Trump para combater o tráfico de drogas, especialmente o fentanil, que atravessa a fronteira dos EUA e causa sérias crises de saúde pública. As informações do jornal indicam que a ordem secreta estabelece uma base legal para operações militares diretas, tanto no mar quanto em solo estrangeiro, contra os cartéis. O Pentágono, por sua vez, está avaliando como exatamente essas operações seriam conduzidas.

Vale lembrar que o presidente Trump já havia tomado medidas drásticas para lidar com o problema do tráfico de drogas e imigração ilegal. No início do ano, ele ordenou o envio de tropas da Guarda Nacional e do Exército para a fronteira entre os EUA e o México, justificando a medida como parte de sua política de combate ao fentanil e à entrada ilegal de imigrantes.

O jornal The New York Times não conseguiu confirmar se o governo americano possui respaldo legal para realizar essas operações militares em território estrangeiro. Questionamentos surgem sobre a legitimidade de ações que podem resultar em mortes de criminosos por parte das forças americanas, e se tais atos seriam considerados legítimos ou equivalentes a assassinato.

Questionado sobre a ordem de Trump, o governo americano respondeu por meio de um comunicado enviado ao jornal, afirmando que a principal prioridade do presidente é proteger a nação e que essa medida, de designar cartéis e gangues como organizações terroristas estrangeiras, é um passo ousado para alcançar esse objetivo. O Departamento de Defesa, por sua vez, não se pronunciou sobre a decisão.

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