No domingo (10), o presidente norte-americano, Donald Trump, reiterou seu desejo de mediar um encontro entre Vladimir Putin, presidente da Rússia, e Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia. Esta iniciativa surge após a confirmação de um encontro entre Trump e Putin, agendado para a sexta-feira (15) no Alasca.
Vale lembrar que a semana passada, durante a divulgação da intenção de se encontrar com Putin – encontro que posteriormente foi confirmado para a próxima sexta-feira – Trump já havia mencionado o plano de realizar, em seguida, uma reunião com ambos os líderes.
A confirmação do encontro individual entre Trump e Putin no Alasca, porém, gerou descontentamento no presidente ucraniano. Zelensky afirmou que qualquer decisão tomada sem a participação de representantes de Kiev seria “ineficaz” desde o início.
Em sua declaração do domingo, Trump demonstrou confiança de que as conversas com Putin serão “produtivas” e afirmou que, logo após o encontro, seja a bordo do avião, seja ao sair da sala, entrará em contato com os líderes europeus e com Zelensky.
Durante uma coletiva de imprensa na Casa Branca, Trump deixou claro que ainda não sabe se estará presente na futura reunião entre os líderes ucraniano e russo, porém garantiu que, em última instância, os reunirá em um mesmo espaço.
“Esta guerra nunca deveria ter acontecido, mas falarei com Zelensky. A próxima reunião será com Zelensky e Putin, ou com Zelensky, Putin e eu. Estarei lá se necessário, mas quero agendar uma reunião entre os dois líderes”, afirmou o presidente americano.
Trump enfatizou que se comunicará com seus aliados europeus e com Zelensky, antes e depois do encontro com Putin, para informar sobre o tipo de acordo de paz que o líder russo busca. Ao mesmo tempo, ressaltou que não interfere na decisão final que os dois países podem tomar. “Não cabe a mim, cabe a eles decidir o que assinar”, declarou.
Em sua fala, Trump também mencionou o desejo de que a Rússia devolva parte do território ocupado na Ucrânia. “Vamos mudar as linhas, as linhas de batalha. A Rússia ocupou uma grande parte da Ucrânia. Eles ocuparam alguns territórios muito importantes. Vamos tentar recuperar parte desse território para a Ucrânia”, concluiu.
