Mais de quatro mil fuzileiros navais e marinheiros americanos estão sendo posicionados nas águas da América Latina e do Caribe para combater o crescente problema dos cartéis de drogas. A informação foi divulgada pela CNN, que cita dois funcionários do Departamento de Defesa da gestão Trump como fontes.
Além da chegada do Grupo Anfíbio de Prontidão Iwo Jima e da 22ª Unidade Expedicionária de Fuzileiros Navais, o Comando Sul dos EUA recebeu também um submarino nuclear de ataque, aeronaves de reconhecimento P8 Poseidon adicionais, diversos contratorpedeiros e um cruzador de mísseis guiados. Segundo uma terceira fonte consultada pela CNN, esses reforços visam “enfrentar ameaças à segurança nacional dos Estados Unidos provenientes de organizações narcoterroristas especialmente designadas na região”.
A intensificação da presença militar americana na região será mantida, pelo menos, por alguns meses. O passo coincide com a decisão do governo Trump, em fevereiro, de classificar seis cartéis mexicanos, incluindo o Cartel de Sinaloa e o Cartel de Jalisco Nova Geração (CJNG), além do grupo venezuelano Tren de Aragua e a gangue salvadorenha Mara Salvatrucha (MS-13), como grupos terroristas.
No mês seguinte, as Forças Armadas americanas enviaram contratorpedeiros para áreas próximas à fronteira com o México, com o objetivo de apoiar a missão de segurança de fronteira do Comando Norte dos EUA e aumentar a presença militar no hemisfério ocidental. Recentemente, o jornal The New York Times revelou que Trump teria assinado uma ordem secreta para que o exército americano pudesse agir contra cartéis de drogas em território estrangeiro. Essa decisão gerou reações negativas do México, que negou a possibilidade de entrada de tropas americanas em seu território.