Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria, realizou uma reunião no Kremlin com Vladimir Putin, ditador da Rússia, com o objetivo explícito de garantir a continuidade do fornecimento de petróleo e gás natural russos ao seu país.
Orbán declarou que a Hungria tem áreas de cooperação importantes com a Rússia e não renunciará a nenhuma delas, independentemente da pressão externa, em resposta às medidas adotadas pela União Europeia para reduzir as importações de energia russa. A Hungria é um dos principais aliados da Rússia na União Europeia, e Orbán busca evitar o isolamento de Moscou e negociar um acordo de paz, mesmo em condições desfavoráveis para a Ucrânia.
A reunião foi a 14ª entre os dois líderes, e Orbán destacou que a energia russa é fundamental para o abastecimento energético da Hungria, tanto no presente quanto no futuro. Ele também enfatizou a necessidade de garantir o fornecimento de energia a um preço acessível, tanto no inverno atual quanto no próximo ano.
Putin elogiou a posição equilibrada de Orbán em relação à guerra na Ucrânia, em um contexto em que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou impor sanções e tarifas contra países que compram petróleo da Rússia. No entanto, em uma reunião anterior com Orbán na Casa Branca, Trump abriu uma exceção de um ano para a Hungria, reconhecendo a importância de sua relação com a Rússia.
A aliança entre a Hungria e a Rússia é um elemento importante na política internacional, especialmente considerando a crise na Ucrânia e as consequências econômicas da guerra. Enquanto a União Europeia busca reduzir as dependências de energia russa, a Hungria parece manter sua posição firme em relação às relações com Moscou.
