O Catolico Intransigente em um Mundo Relativista

Em um mundo dominado por relativismos, onde o diálogo e a tolerância se estendem a tudo o que é errado, a voz crítica e a condenação de tudo que é bom são silenciadas. Nesse cenário, o católico de caráter firme precisa agir de forma contrária, criticando e alertando as pessoas sobre os erros e perigos, especialmente os de ordem espiritual. No entanto, os defensores do diálogo e da tolerância, os primeiros a condenar qualquer manifestação como censura, não permitem espaço para a expressão católica.

Para esse católico combativo, ser um inconveniente é inerente à sua missão. A recente crítica direcionada ao livro “Dugin Contra Dugin”, de Charles Upton, e as reações que ela suscitou, nos levaram a refletir sobre a necessidade deste editorial. Afinal, o cinismo e a falácia são características comuns entre os revolucionários. Mas até que ponto devemos nos esforçar para explicar nossos motivos?

O problema central reside em nosso dever intransferível, expresso nos compromissos batismais. Para alguns, pode parecer bobagem ou exagero, mas para nós é o fervor necessário, o mínimo exigido. A história nos mostra exemplos como Alfred Kinsey, discípulo do ocultista Alester Crowley, que defendia rituais com sexo e sacrifícios de crianças, e a relação entre a pedofilia e o ativismo pela quebra dos tabus. Dr. Plinio Corrêa de Oliveira, também reconheceu a importância de um apostolado radical e intransigente.

O Instituto Estudos Nacionais, ao longo do tempo, tem se destacado como uma voz católica mais radical, reconhecendo que o processo revolucionário não é apenas resultado de ações humanas, mas sim um fruto permitido por Deus da ação diabólica no mundo, através das portas abertas pelo homem.

O peso e a cruz do catolicismo combativo não podem ser negados. Calar a voz da verdade seria uma soberba diante do que nos foi confiado. A quem muito é dado, muito será cobrado. E o que recebemos? A Redenção pelo sangue de Cristo. O que devemos fazer? Amar a Deus acima de tudo, com todas as nossas forças, alma e corpo, com todo o nosso entendimento. Não há espaço para omissões ou respeito humano. Se a nossa luta não é contra a carne e o sangue, mas contra as potestades infernais, tudo o que temos precisa ser direcionado a este fim último.

Cristo poderia ter redimido a humanidade com um gesto, um sorriso do Menino Jesus ao Pai Criador. Isso seria suficiente, sendo Ele o próprio Deus. Mas não. Ele escolheu vir ao mundo, encarnar-se em nossa natureza para sofrer por nossas misérias. O sofrimento cruento da cruz nos deixa uma mensagem. A linguagem de Deus é a do exagero: exagero de sofrimento, de entrega e de combate contra a soberba e a vaidade que residem em nós.

Quem somos nós para calar? Quem somos para estarmos de bem com todos? Quem somos para não sofrer? Afinal, o católico pode ser combativo? No Dia do Juízo, seremos julgados pelo quanto amamos a Deus. Esse amor não é um sentimento emocional, restrito a uma parte psíquica ou emotiva do nosso ser, mas uma expressão que deve crescer e se expandir ao longo da vida, abrangendo todo o nosso ser, incluindo tudo o que somos e temos.

Sair da versão mobile