Flávio Bolsonaro critica STF após viagem à Itália

Durante sua viagem à Itália, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) fez uma declaração polêmica em relação ao Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo ele, ministros da Corte estariam interferindo diretamente nas votações do Congresso Nacional, utilizando influência para impactar a análise do projeto de anistia, agora conhecido como PL da Dosimetria.

“Ninguém considera antidemocrático – nem aqui, nem na mídia – o ministro do Supremo ligar para o presidente da Câmara dos Deputados e dizer: ‘Olha, que papo é esse de projeto de anistia que vocês estão discutindo? Quero ver esse texto, manda para cá para eu avaliar se autorizo'”, afirmou Flávio.

O senador também expressou a sua convicção de que “hoje, o Supremo manda no Congresso Nacional e as votações são influenciadas com pressão de ministro do Supremo”. Ele participava de uma comitiva de congressistas brasileiros que viajou à Itália para visitar a deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP), presa no país desde agosto. Além de Flávio, outros senadores também participaram da viagem: Magno Malta (PL-ES), Eduardo Girão (Novo-CE) e Damares Alves (Republicanos-DF).

A viagem de Flávio à Itália também serviu como oportunidade para comentar sobre a prisão domiciliar do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), medida decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, em 4 de agosto. O senador descreveu o momento como “muito difícil” para o ex-chefe do Executivo, que cumpre medidas cautelares.

“Foi preciso atropelar todos os pilares democráticos do nosso país, todos os principais princípios constitucionais, para chegar ao ponto de condenar uma pessoa inocente por tentativa de golpe. Ou seja, se ele tivesse tentado fazer isso, era só cumprir a lei e condená-lo dentro da lei”, concluiu.

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