Há evidências científicas comprovando que as gestantes têm mais riscos de complicações se tiverem a covid-19, concluindo-se que o risco de contrair o vírus causa mais danos à grávida e ao bebê do que os potenciais riscos da vacinação. O ginecologista Agnaldo Lopes, ressalta que mais de mil gestantes morreram pela doença no Brasil.
Um estudo publicado na revista científica da Associação Médica Americana (JAMA), mostrou que gestantes tem maior risco de pré-eclâmpsia, infecções, internações em UTIs e óbitos, quando comparados ao grupo de gestantes não infectadas. Bebês nascidos de mães contaminadas tem maiores chances de nascer prematuramente ou abaixo do peso.
Atualmente, as vacinas disponíveis pelo Programa Nacional de Imunizações e autorizadas pela Anvisa para esse grupo no Brasil são a Coronavac e da Pfizer.
A vacina da Coronavac por ser composta de vírus inativado(morto), técnica tradicionalmente usada na vacina da gripe, traz segurança para o grupo, não sendo contra indicadas para gestantes. Há casos de bebês que adquiriram anticorpos através de mães vacinadas durante a gestação.
A vacina da Pfizer, de RNA mensageiro, demonstrou em estudo americano, além da eficácia, que anticorpos produzidos pelo organismo da mãe, são capazes de ultrapassar a placenta e chegar ao feto, podendo garantir a imunidade ao bebê. Não há relatos de efeitos adversos graves entre gestantes e puérperas que tomaram essa vacina. Um estudo israelense também teve sucesso ao demonstrar que bebês haviam adquiridos anticorpos através da mãe vacinada com vacina da Pfizer.
Ambas as vacinas, mostram segurança e proteção para a mãe e para o bebê, embora ainda não se saiba por quanto tempo permanecerá os anticorpos na criança, pois geralmente a proteção tende a cair com o tempo. A eficácia da Pfizer demonstra ser superior à da Coronavac com mais de 90%, contra cerca de 50%, variando de pessoa para pessoa. Milhares de gestantes sem comorbidades já foram vacinadas fora do Brasil.
No Brasil, um estudo para avaliar a eficácia e a segurança da vacina da Pfizer em gestantes se iniciou em maio de 2021, com a participação de 200 gestantes saudáveis, maiores de 18 anos, distribuídas em quatro centros de estudos pelo país.