O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, tomou uma decisão drástica: as Forças de Defesa de Israel (FDI) deverão ocupar integralmente a Faixa de Gaza. Essa decisão, divulgada por meios de comunicação israelenses como o Canal 12 e o The Jerusalem Post, implica a entrada em zonas onde o grupo terrorista Hamas detém reféns desde os ataques de 2023.
Segundo informações de fontes dentro do gabinete de Netanyahu, a ordem inclui a realização de operações militares em áreas anteriormente consideradas de alto risco para os reféns. Uma fonte afirmou ao Canal 12 que a decisão foi tomada e que Israel tomará posse de toda a Faixa de Gaza. O mesmo relato indica que o primeiro-ministro enviou um recado ao chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, Eyal Zamir, expressando que, caso não concordasse com a decisão, deveria renunciar ao cargo.
Essa decisão repentina se deu em meio ao lançamento de um novo vídeo pelo Hamas, que mostra um refém israelense debilitado sendo obrigado a cavar sua própria cova. A falta de progressos nas negociações para a libertação dos reféns ainda sob controle do Hamas no território palestino também contribuiu para a tomada de posição. O mesmo canal de comunicação israelense cita uma fonte do gabinete de Netanyahu afirmando que “o Hamas não libertará mais reféns sem a rendição total de Israel”.
A fonte expressa ainda a preocupação de que, caso não haja ação imediata, os reféns morrerão de fome e Gaza continuará sob domínio do Hamas. A imprensa israelense divulgou detalhes do plano para ocupar toda Gaza, que prevê a atuação das forças israelenses em campos de refugiados e outras regiões centrais do enclave palestino, áreas antes restritas para evitar colocar os reféns em risco. De acordo com as informações, as FDI já controlam cerca de 75% da Faixa de Gaza.
