A Organização Mundial da Saúde (OMS) lança luz sobre a infertilidade com as primeiras diretrizes mundiais sobre a doença. Este documento inovador apresenta 40 recomendações específicas para prevenir, diagnosticar e tratar a infertilidade, além de medidas educativas para conscientizar a população sobre a importância de sua saúde reprodutiva.
A infertilidade é um problema que atua sobre o sistema reprodutor sem distinção de gênero, sendo definida como a incapacidade de engravidar após mais de um ano de relações sexuais frequentes sem proteção. De acordo com a OMS, uma em cada seis pessoas em idade reprodutiva é afetada pela doença em algum momento da vida. O médico urologista Irineu Farina Neto destaca que a maioria dos casos ocorre de forma silenciosa, mas fatores como idade e infecções podem influenciar na quantidade de ocorrências.
A idade é um fator fundamental na infertilidade, e outros fatores como sedentarismo, estresse e alimentação inadequada também desempenham um papel importante. Além disso, doenças como varicocele no homem e endometriose na mulher podem afetar a fertilidade e exigir uma investigação o quanto antes. No entanto, não todos conseguem tratar ou detectar clinicamente a doença, pois os valores são extremamente elevados e, em grande parte dos países do mundo, apenas os pacientes bancam os gastos.
No caso do Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece serviços gratuitos de reprodução assistida, mas são poucas vagas, o que alonga o tempo de espera nos hospitais capacitados para realizar os serviços. O médico Irineu Farina afirma que as diretrizes da OMS são um marco para a universalização das práticas na área e para a criação de mais políticas públicas eficazes.
As diretrizes da OMS são um recurso importante para a democratização do acesso tanto dos profissionais de saúde quanto dos pacientes. Além disso, são um passo fundamental para incentivar e educar os pacientes, profissionais de saúde e para que os pacientes possam ter acesso a tratamentos de alta qualidade. A expectativa da OMS é de que as diretrizes sejam enquadradas nas políticas de cada país para que sejam adequadas às suas realidades.
