Durante a reunião da cúpula do Mercosul, realizada em um ambiente fechado, o presidente da Argentina, Javier Milei, apresentou uma proposta inovadora ao discutir a pressão exercida pelos Estados Unidos sobre a Venezuela. Sua declaração contrastou com a visão dos demais países do bloco, revelando uma divergência significativa em relação à estratégia global. De acordo com relatos de participantes do encontro, Milei defendeu a adesão da região à estratégia norte-americana, demonstrando uma alinhamento próximo ao governo de Donald Trump.
Essa posição foi objeto de crítica por parte do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, que utilizou sua intervenção para alertar sobre os riscos associados a uma escalada militar na América do Sul. Lula expressou preocupação com a presença de forças estrangeiras na região, uma vez que o continente havia conquistado a estabilidade décadas após o fim da Guerra das Malvinas. Ao abordar o tema, o presidente brasileiro destacou a importância de respeitar o direito internacional e evitar a instalação de um precedente perigoso no cenário global.
Ao aprofundar seu alerta, Lula classificou uma eventual ação armada na Venezuela como um cenário de alto risco, capaz de desencadear uma crise humanitária de grande magnitude. Nesse sentido, o presidente brasileiro defendeu esforços diplomáticos para evitar que o impasse evolua para um conflito armado. Ele já havia abordado o tema em conversas telefônicas com Trump e Nicolás Maduro, buscando estabelecer um diálogo para mitigar a tensão entre os dois países.
Diante da possibilidade de uma ofensiva militar, Lula assumiu um papel de interlocutor, buscando encontrar uma solução pacífica para o conflito. Em uma nota de humor, o presidente brasileiro comentou sobre o apagão em São Paulo, dizendo que, ao menos, a energia não falhou durante a reunião. A proposta de intervenção limitada de até dez minutos foi ironizada por Lula, que garantiu não interromper ninguém em sua fala.
