As criaturas mais antigos do planeta, as baratas são capazes de sobreviver em quase qualquer lugar, desde a mais árida das desertas até as mais quentes das florestas amazônicas. E, sim, elas têm um segredo para isso: a capacidade de voar. Mas, afinal, por que essas criaturas tão simples são capazes de voar e dormir em segurança, enquanto outros insetos mais complexos não?
A bióloga e pesquisadora Adriana Rios Lopes, do Laboratório de Bioquímica do Instituto Butantan, foi convidada a revelar os segredos das baratas e suas características mais impressionantes. “As baratas têm um sistema respiratório muito eficiente, o que as permite absorver oxigênio do ar e libertar dióxido de carbono, o que as torna mais resistentes à fadiga”, explica.
Além disso, as baratas têm um sistema nervoso extremamente simples, mas altamente especializado. “Eles têm apenas um milhão de neurônios, enquanto os seres humanos têm cerca de 86 bilhões”, destaca Adriana. Apesar disso, elas são capazes de responder a estímulos e realizar complexas rotinas, como voar e procurar comida.
Mas, afinal, o que é que as baratas fazem quando dormem? “Eles entram em um estado de hibernação, durante o qual seu metabolismo é reduzido significativamente, o que as torna mais resistentes ao estresse e à fadiga”, explica Adriana.
Com sua capacidade de voar e dormir em segurança, é fácil entender por que as baratas são capazes de sobreviver em quase qualquer lugar. E, sim, é provável que elas sobrevivam ao fim do mundo.
