Câmara dos Deputados Invalida Passaporte Diplomático de Eduardo Bolsonaro
A Câmara dos Deputados adotou medidas rigorosas em relação ao ex-deputado Eduardo Bolsonaro, invalidando seu passaporte diplomático em menos de 24 horas após a cassação de seu mandato. A decisão foi tomada após a publicação do Diário Oficial da Casa, no qual o presidente da Câmara, Hugo Motta, declarou a perda do mandato de Eduardo, em cumprimento à Constituição, que estabelece um limite de faltas para os parlamentares.
O sistema da Câmara agora registra o passaporte diplomático de Eduardo Bolsonaro e de seus dependentes como não válidos. Eduardo havia se autoexilado nos Estados Unidos em fevereiro deste ano, acumulando 59 ausências não justificadas nas sessões deliberativas do plenário.
Em entrevista ao Jornal do SBT News, veiculada no sábado anterior, Eduardo Bolsonaro havia mencionado a possibilidade de buscar um passaporte de apátrida para continuar vivendo nos Estados Unidos. Além disso, ele afirmou que a decisão de invalidar seu passaporte diplomático tem como objetivo dificultar sua permanência no exterior. O ex-deputado federal também acreditou que o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, tenha determinado o cancelamento de seu passaporte comum.
“Neste momento, não se engane, desde sempre a intenção é me bloquear no exterior”, argumentou Eduardo. A situação revela a complexa dinâmica entre os poderes do Estado e a figura do ex-deputado, que se encontra em uma situação delicada, diante da perda de seu mandato e da possibilidade de não mais poder permanecer no exterior.
Além disso, é importante notar que a decisão da Câmara não é isolada, considerando as outras medidas tomadas contra Eduardo Bolsonaro, como a retirada de sanções contra Alexandre de Moraes, que ele havia criticado anteriormente. Nesse contexto, a história de Eduardo Bolsonaro assume uma faceta cada vez mais complexa, marcada pela disputa pelo espaço político e pela luta por sua permanência no exterior.



