Em um esforço para equilibrar as finanças públicas, o governo argentino anunciou um aumento significativo nas contribuições previdenciárias da Associação Argentina de Futebol (AFA) e dos clubes esportivos. O decreto, publicado no Diário Oficial, estabelece uma taxa de 13,06%, representando um acréscimo de 5,56% em relação à alíquota anterior de 7,5%.
Essa medida, que se aplica a um período de 12 meses, visa recuperar o déficit acumulado no sistema previdenciário durante esse período. O ministro da Desregulamentação, Federico Sturzenegger, justificou a atualização da alíquota, destacando que, em 2024, as vendas de jogadores argentinos geraram receitas de US$ 324 milhões, enquanto a atividade que gera esses lucros é subsidiada pelos aposentados.
Segundo o governo de Javier Milei, entre novembro de 2023 e abril de 2024, o sistema previdenciário registrou um déficit de 7 bilhões de pesos argentinos. Sturzenegger atribuiu os resultados negativos a empresários e sindicatos, criticando a distribuição de custos e benefícios concentrados, que, segundo ele, contribuíram para a deterioração da situação econômica do país.
O ministro também apontou que clubes esportivos começaram a agregar atividades não relacionadas ao futebol, mas que, por serem clubes, também se beneficiavam da isenção de contribuições para o sistema previdenciário. O novo percentual será cobrado pelo governo Milei sobre diversas atividades relacionadas ao futebol, englobando transferências de jogadores e direitos de transmissão televisiva.
