Greta Thunberg Detenida em Ação Humanitária para Gaza

Em um vídeo gravado antes de sua interceptação, a ativista sueca Greta Thunberg, figura proeminente da Flotilha Global Sumud, descreve a ação das forças israelenses como um sequestro. “Meu nome é Greta Thunberg, sou cidadã sueca. Se você estiver vendo este vídeo, fui sequestrada e levada contra minha vontade pelas forças israelenses. Nossa missão humanitária era pacífica e respeitava o direito internacional. Peço que meu governo exija minha libertação imediata, assim como a dos outros”, declara Thunberg no vídeo, divulgado posteriormente por agências de notícias.
A captura de Greta Thunberg se deu no dia 1º de outubro, durante a interceptação dos navios da Flotilha Global Sumud no Mar Mediterrâneo. O governo israelense confirmou a detenção da ativista sueca, juntamente com outros participantes da flotilha, e anunciou que eles seriam deportados. Em suas redes sociais, o Ministério das Relações Exteriores de Israel publicou um vídeo do momento em que Thunberg foi detida e garantiu que ela e os demais ativistas estavam “seguros e saudáveis”.
De acordo com informações publicadas pelo The Times of Israel, 41 barcos da flotilha foram abordados e cerca de 400 ativistas detidos. O objetivo da iniciativa era levar ajuda humanitária para a Faixa de Gaza, mas Israel considerou a ação uma “provocação”, devido ao bloqueio naval vigente na região. Antes da interceptação, os ativistas recusaram propostas para entregar os suprimentos em outros locais, como Chipre e o porto israelense de Ashdod.
Essa não foi a primeira tentativa de Greta Thunberg de levar ajuda humanitária para Gaza. Em junho, ela havia tentado atracar com um navio em conjunto com outros manifestantes, mas foi impedida pelas autoridades israelenses.