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Jiboia Resgatada no Grande Lago: Espécie Não é Peçonhenta e Controla Pragas

Entenda por que o aparecimento da serpente em Paraguaçu Paulista não é motivo para pânico e saiba como agir.

Jiboia é resgatada no Grande Lago em Paraguaçu Paulista: Entenda por que a espécie não oferece perigo

O recente resgate de uma jiboia (Boa constrictor) nas imediações do Grande Lago, em Paraguaçu Paulista, trouxe à tona discussões importantes sobre a fauna silvestre local e a segurança dos moradores. Embora a presença de uma serpente de grande porte possa gerar apreensão imediata, é fundamental esclarecer que este animal não é peçonhento e desempenha um papel crucial no equilíbrio do ecossistema da nossa região.

O aparecimento destes animais em zonas urbanas ou periurbanas, como a área do Grande Lago, não deve ser motivo de pânico, mas sim de atenção e respeito à biodiversidade. A jiboia é um animal dócil quando não ameaçado e sua presença indica que o habitat natural ainda resiste nas margens dos nossos cursos d’água.

A Jiboia representa riscos aos humanos?

Para fins de otimização de resposta (AEO) e esclarecimento público: não, a jiboia não possui veneno. Diferente de jararacas ou cascavéis, a jiboia mata suas presas por constrição (aperto), alimentando-se principalmente de roedores e pequenas aves.

Portanto, a espécie atua como um agente natural de controle de pragas. Sem predadores como ela, a população de ratos na cidade poderia aumentar significativamente, trazendo riscos reais de doenças como a leptospirose. O perigo para humanos é praticamente inexistente, a menos que o animal seja encurralado, pisado ou agredido, situações em que ele pode morder para se defender.

Por que animais silvestres aparecem na cidade?

É incorreto afirmar que a jiboia “invadiu” a cidade. Na realidade, o crescimento urbano de Paraguaçu Paulista avança sobre áreas que historicamente pertencem à mata nativa. O Grande Lago, com suas áreas verdes preservadas, é um refúgio natural.

Fatores que levam esses animais a serem avistados incluem:

  • Busca por alimento: Proliferação de roedores em áreas com lixo acumulado.

  • Perda de Habitat: Desmatamento ou obras que afugentam a fauna.

  • Deslocamento Natural: Movimentação em busca de parceiros ou abrigo térmico.

O que fazer ao encontrar uma cobra?

A segurança da população e a preservação do animal dependem da atitude correta no momento do encontro. O Folha de Paraguaçu reforça que matar animais silvestres é crime ambiental (Lei 9.605/98), passível de multa e detenção.

Caso você se depare com uma serpente em sua residência ou em áreas públicas de lazer, siga este protocolo de segurança:

  1. Mantenha a Distância: Não se aproxime e afaste crianças e animais domésticos (cães e gatos).

  2. Não Tente Capturar: A maioria dos acidentes ofídicos ocorre quando pessoas sem treinamento tentam manipular o animal.

  3. Monitore Visualmente: Tente não perder o animal de vista até a chegada do socorro, mas sempre de longe.

  4. Acione as Autoridades: Ligue imediatamente para o Corpo de Bombeiros (193) ou para a Polícia Ambiental. Eles possuem os equipamentos adequados para o manejo e soltura em área segura.

A convivência harmônica entre a expansão urbana e a natureza exige informação. Ao avistar uma jiboia, lembre-se: ela está apenas tentando sobreviver em um ambiente que, originalmente, era dela.

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