Política e Economia

Dirceu acusa mercado financeiro brasileiro de alinhamento com Trump e ameaça à soberania nacional

José Dirceu, ex-ministro e figura proeminente do Partido dos Trabalhadores, acusou setores do mercado financeiro brasileiro de se alinharem com o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em detrimento da soberania nacional e em oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

Em artigo publicado na CNN Brasil, Dirceu afirmou que a elite econômica, localizada na Faria Lima, centro financeiro de São Paulo, teria cedido à “retórica trumpista” e passou a apoiar incondicionalmente medidas unilaterais de pressão econômica contra o Brasil, como potenciais sanções e barreiras comerciais.

Para o ex-ministro, essa postura, adotada por investidores, analistas e empresários, representa uma “submissão servil ao império” e evoca comportamentos observados em momentos históricos marcados por submissões políticas e diplomáticas, como os acordos de Munique de 1938.

Dirceu argumenta que há um esforço consciente por parte desses grupos para responsabilizar Lula pelo agravamento das tensões diplomáticas com Washington, ignorando a postura hostil do governo Trump e as ações da oposição brasileira nos Estados Unidos.

Ele cita a XP Investimentos como exemplo de instituição que estaria difundindo a ideia de que Lula é um fator de instabilidade, em vez de reconhecer o que considera serem provocações externas.

Dirceu também atribui ao mercado financeiro a tentativa de deslegitimar a política externa do governo, que, segundo ele, se baseia no respeito à autodeterminação dos povos, à multipolaridade e à não subordinação aos interesses de potências estrangeiras.

O ex-ministro defende que Lula, mesmo diante da ofensiva americana e das pressões internas, mantém uma postura diplomática coerente com a Constituição, buscando diálogo com diferentes blocos internacionais e preservando os canais institucionais.

No artigo, Dirceu classifica a adesão do mercado à ofensiva ideológica de Trump como um episódio de desonra e compara o comportamento da elite financeira brasileira à Europa submissa aos interesses norte-americanos em acordos comerciais. Ele conclui reafirmando sua confiança no presidente Lula e acusando seus opositores de conspirarem contra a soberania nacional por motivos políticos e financeiros.

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