Prisão de Carla Zambelli na Itália: Defesa busca evitar extradição e asilo político

A justiça italiana decidiu manter a prisão preventiva da deputada Carla Zambelli na audiência de custódia realizada na sexta-feira (1º). A informação foi confirmada pela defesa da parlamentar à Gazeta do Povo. Zambelli se encontra detida desde o dia 29 no presídio feminino de Rebibbia, em Roma, aguardando julgamento em relação ao processo de extradição.
Ela foi condenada pela 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), composta por Cristiano Zanin (presidente), Cármen Lúcia, Luiz Fux, Alexandre de Moraes e Flávio Dino, a 10 anos de prisão por envolvimento com o hacker Walter Delgatti Neto na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A defesa de Carla Zambelli busca evitar a extradição para o Brasil, argumentando a existência de uma “grave anomalia” no processo. O advogado Pieremilio Sammarco sustenta que “a vítima do suposto crime é a mesma pessoa que fez a sentença, que decidiu pela execução da sentença e que decidiu o apelo”, fazendo referência ao ministro Alexandre de Moraes.
Além disso, os advogados da deputada pretendem solicitar asilo político ao governo italiano. Esta solicitação está sendo analisada pelo Ministério da Justiça italiano e será remetida a um tribunal competente. No entanto, a decisão final sobre a extradição de Zambelli cabe ao governo italiano, liderado pela primeira-ministra Georgia Meloni.
Se a Itália reconhecer o asilo político à deputada, ela poderá ser libertada, pois será considerada vítima de perseguição política e, consequentemente, impedida de ser extraditada.