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OpiniãoSaúde

Pandemia leva profissionais da linha de frente à exaustão.

A pandemia está levando os profissionais de saúde ao esgotamento físico em mental.

A pandemia causada pelo novo coronavírus trouxe diversas consequências para a vida das pessoas, mas podemos dizer que as implicações psicológicas foram bem marcantes para os profissionais de saúde.

Em meio ao colapso no sistema de saúde o Brasil, com superlotação nas unidades de saúde, falta de leitos nos hospitais, mortes em massa, índices incontroláveis de infecções hospitalares, falta de estrutura, medicamentos e materiais , existem os profissionais da área de saúde, se desdobrando dia após dia, sobrecarregados, muitas vezes fazendo horas extras por falta de funcionários, lidando diariamente com fortes emoções e momentos de muito stress. Eles também têm família e medo. É claro que isso faz parte da profissão, mas estamos numa situação atípica, onde além dessa pandemia, existem outras doenças graves e estão lá para que esses profissionais possam diagnosticar e tratar, não podendo simplesmente serem deixadas de lado. Ter empatia e dar apoio aos profissionais nesse momento é primordial para que se sintam mais valorizados, confiantes e fortes para enfrentar a situação.

Toda essa situação, tem levado em maior parte, médicos e equipe de enfermagem a exaustão. Muitos estão sendo diagnosticados com Síndrome de Burnout, caracterizada por situações em que a tensão e o estresse provocados pelas condições de trabalho são tão grandes que levam a pessoa ao esgotamento profissional.

Os sinais dessa síndrome podem ser: episódios de ansiedade, dificuldade de concentração, alteração no humor, irritabilidade, solidão, diminuição do rendimento no trabalho ,demissões, tristeza, pensamentos negativos e de suicídio.

Um estudo realizado pela PEBMED (portal de saúde) no final do ano passado, revelou que 78% dos profissionais tiveram sinais de Síndrome de Burnout no período da pandemia. A prevalência foi de 79% entre médicos,74% entre enfermeiros e 64% entre técnicos de enfermagem.

A Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)também divulgou dados sobre um questionário aplicado para cerca de 16 mil pessoas entre médicos, dentistas, enfermeiros, fisioterapeutas e farmacêuticos, revelando que os números mostram sinais de sobrecarga, esgotamento físico e mental, além de sentimentos como desrespeito e desvalorização. Esse estudo também mostra que os profissionais além de não valorizados, não se sentem protegidos, manifestando o medo, pela falta de estrutura e equipamentos adequados para o enfrentamento da situação atual, junto à insensibilidade dos gestores para suprir as necessidades e da população em geral.

De acordo com psicólogos, esses profissionais já estão no grupo mais vulnerável em relação a saúde mental, devido ao esgotamento que a profissão exige, e também por conta do medo de adoecer trazido pela transmissão em massa do coronavírus.

Esse profissional lida com a doença de vários pacientes, e para que ele consiga oferecer o tratamento de maneira adequada, ele também precisa cuidar de si mesmo e estar saudável tanto física quanto psicologicamente.

Parabéns a toda equipe de profissionais que atuam na saúde. Vocês são os verdadeiros heróis!

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