Oposição Bloqueia Sessões do Congresso em Protesto Contra Moraes

Deputados e senadores da oposição adotaram uma postura firme de protesto contra a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que conduziu ao afastamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para prisão domiciliar.
Em uma demonstração de força política, a oposição decidiu bloquear as sessões das duas casas do Congresso, em resposta à ordem judicial. Essa ação gerou uma intensa troca de palavras com parlamentares da base governista, elevando o tom político no ambiente legislativo.
A oposição anunciou anteriormente sua intenção de obstruir todas as discussões e votações na Câmara e no Senado até que os presidentes Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP) agendessem uma reunião para tratar de dois temas: o projeto de lei que visa conceder anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023 e o impeachment de Moraes.
O líder da oposição, Sóstenes Cavalcante, justificou a ação afirmando que os parlamentares estavam ocupando as mesas diretoras em defesa da soberania nacional e aguardando a reunião com os presidentes para buscar soluções para os problemas enfrentados.
As reações dos presidentes Motta e Alcolumbre ao protesto da oposição ainda não foram divulgadas. A ocupação das mesas diretoras no primeiro dia de votações após o recesso parlamentar gerou um clima de tensão e debate acalorado entre os parlamentares da base governista e da oposição.
Em meio ao protesto, Sóstenes Cavalcante afirmou que, caso o governo desejasse uma guerra, a oposição estaria pronta para enfrentá-la. Ele criticou a decisão de Moraes de retirar as prerrogativas do Congresso e a falta de respeito à Constituição brasileira.
O incidente resultou em um embate político significativo, com a oposição buscando impor suas demandas e o governo buscando manter a estabilidade e o controle do processo legislativo.