A oposição, após ocupar a Mesa da Câmara por mais de 30 horas, corre o risco de enfrentar pedidos de suspensão de mandato. Partidos como PT, PSB e PSOL protocolaram solicitações para que cinco parlamentares sejam afastados por um período de seis meses. A lista inclui Paulo Bilynskyi, Marcos Polon, Júlia Zanatta e Zé Trovão, todos filiados ao PL, e Marcel van Hatten, do Novo.
A ação protesto em relação à prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, iniciou-se na terça-feira, no retorno dos trabalhos legislativos, e causou a paralisação das votações na Casa.
Em seus pedidos de suspensão, os líderes de PT, PSB e PSOL argumentam, com base no Regimento Interno e no Código de Ética, que os parlamentares em questão cometeram atos de usurpação de função pública e subversão de procedimentos regimentais. O documento aponta que a ação dos deputados bolsonaristas gerou caos e dificultou o exercício das funções legislativas, sendo classificada como premeditada, coordenada e executada com o objetivo de impedir o funcionamento do legislativo.
Os argumentos se baseiam em relatos de uso de força física, correntes, faixas, gritos e até mesmo a colocação de adesivos na boca dos parlamentares, o que, segundo a visão dos líderes opositores, estabelece um precedente perigoso.
