Deputados e senadores do Partido dos Trabalhadores (PT) solicitaram a convocação de diversos indivíduos para a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), incluindo o nome de Maria Inês Batista de Almeida. Ela já havia ocupado o cargo de presidente da Associação dos Aposentados Mutualistas para Benefícios Coletivos (Ambec), entidade que está sob investigação por descontos ilegais em aposentadorias e pensões, além de ser suspeita de ter ligações com o empresário da saúde, Mauricio Camisotti.
A Ambec foi acusada de descontar R$ 231,3 milhões de beneficiários do INSS em 2024, representando 8,8% do total de descontos realizados por entidades nesse ano. Os descontos começaram em 2022, somando R$ 25 milhões no primeiro ano e aumentando para R$ 91,4 milhões em 2023. Inquéritos revelam que a Ambec tinha apenas três associados em 2021, mas, em 2023, já registrava mais de 600 mil filiados. Criada em 2006 e sediada na Vila Olímpia, em São Paulo, a entidade era presidida por Maria Inês até 2023.
A convocação de Maria Inês Batista de Almeida foi considerada crucial pelos parlamentares do PT para esclarecer as circunstâncias que levaram ao aumento expressivo do número de filiados da Ambec e para verificar se a entidade possuía estrutura física e administrativa adequada para as atividades de captação, filiação e atendimento de seus associados. No entanto, o senador Fabiano Contarato (PT-ES) e o deputado Alencar Santana (PT-SP) admitiram que não houve uma checagem individual dos nomes incluídos nas solicitações.
Após a descoberta do erro, Alencar Santana afirmou que o pedido de convocação de Maria Inês Batista de Almeida será retirado da lista oficial da CPI.
